Seguidores

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Justiça proíbe plantio de eucaliptos em Guaratinguetá

Para Defensoria Pública, plantações estariam causado impactos ambientais

Os produtores de eucalipto de Guaratinguetá estão impedidos de continuar o plantio das árvores no município. A justiça deu uma liminar atendendo um pedido da promotoria.
Credito: Reprodução / Rede Vanguarda
O que deveria ajudar o meio ambiente acabou se tornando um problema para quem mora próximo às plantações de eucalipto em Guaratinguetá
A Defensoria Pública do Estado alega que a falta de estudos sobre os impactos ambientais podem prejudicar a terra, as nascentes, os animais e as pessoas. Esse tipo de verde pode não ser tão ecológico. Os eucaliptos produzidos em grande escala já tomam conta de muitas paisagens rurais na região, mas existem poucas pesquisas sobre os efeitos negativos dessa árvore. Em Guaratinguetá, uma ação na justiça proibiu novos cultivos. "Está havendo o avanço sem controle algum pelos órgãos ambientais do estado e dos municípios do monocultivo para fins industriais do eucalipto na região. A liminar não questiona a atividade econômica e só está pedindo um pouco mais de observância e respeito às normas de proteção ambiental”, alertou o defensor público, Wagner Giron de La Torre.

Em outros municípios, como São Luiz do Paraitinga, a produção também está suspensa por decisão judicial. Nossa equipe foi a campo ver o que está gerando tanta polêmica em Guaratinguetá e a primeira denúncia é de que as árvores reduzem os níveis de água do solo.

Foi em uma propriedade, vizinha a super plantação de eucalipto, que encontramos um provável efeito colateral desse supercultivo. Antes da chegada dos eucaliptos, uma roda d'água funcionava normalmente com a vazão que vinha do córrego e que cobria quase toda uma canaleta. Atualmente, a força da água não consegue mais movimentar o equipamento.

Veneno

Fazendeiros também estão preocupados com os agrotóxicos usados no cultivo de eucaliptos e na eliminação de pragas. Um laudo de avaliação do solo aponta alta concentração de elementos perigosos. "São metais pesados que causam seríssimos problemas de saúde, neurológicos, cancerígenos e isso tudo foi contaminando nossa água e nosso lençol freático", explicou o engenheiro químico, Cláudio Velloso.

A Fíbria, antiga Votorantim, informou por meio de nota que vai cumprir a determinação da justiça, mas que está recorrendo da decisão. A empresa disse também que as atividades em Guaratinguetá não provocam danos ao meio ambiente, já que o cultivo está de acordo com as leis ambientais.

Nenhum comentário: